sábado, 27 de agosto de 2011

Fugindo da realidade

Você me deu a mão e eu te dei minha vida inteira. Naquele instante, onde só a natureza testemunhava nosso encontro, nossos corações se enxergaram. Então conheci alguém que cuidaria de mim. Que me acariciaria só de se aproximar, que faria sua morada nos meus sonhos mais apaixonados e colocaria todas as borboletas daquele cenário dentro do meu estômago.

Mesmo se não houvesse acontecido um beijo sequer, me lembraria de ti pra sempre. Não esqueceria nenhum passeio à cavalo, nenhum encontro às escondidas, nenhum sonho acordado, nenhuma vontade louca de abraçar. Lembraria todos os dias dos seus olhos e da sua voz ao meu ouvido, ainda que pelo telefone. Lembraria simplesmente pelo bem que me faz.

Me entreguei pela metade ao amor mais puro que me dei. Não tive a coragem de largar tudo e entregar, de fato, minha vida inteira. Talvez nossos corações não tenham se enxergado como são e você não tenha tido a intenção de cuidar de mim. A sua presença nos meus sonhos foram apenas uma doce ilusão e aquelas borboletas não passaram de enganação.

Um beijo aconteceu, mas me faltou coragem para seguir adiante e entregar meu corpo inteiro. Possivelmente a pureza de tudo aquilo que acreditei que sentias teria ido por terra naquele momento e sua voz no meu ouvido não voltaria a ouvir.

É possível que eu nunca saiba o que poderia ter acontecido. Se aquele seria o amor mais sublime que vivenciaria ou apenas mais uma paixão ardente. Amei e fui embora... correndo.

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