quinta-feira, 17 de novembro de 2011

De joelhos, eu suplico!

Deus! Tire de mim as marcas deste homem
Apague da minha memória tudo o que faça lembrá-lo
Não permita que eu tenha qualquer sentimento negativo por ele
Eu suplico

Suplico que me dê forças pra aceitar o que vejo
E rejeitar o que me corrói por dentro
Que meus olhos possam ver
E meu coração nada sentir

Suplico que ele seja feliz
Que a vida o trate com carinho
Que ele possa seguir seu eterno caminho
Sem jamais se atrelar novamente a mim

Suplico, meu Deus, que ele se esqueça de mim
Que nunca pense um dia ter me feito algum mal
Mas, se pensar, mesmo por engano
Que possa concluir que foi só para o meu bem

Suplico de joelhos que transfunda para mim
As lembranças, as marcas, o amor e o ódio
Toda a tristeza que a recordação lhe traga
Pois só eu sei o que fazer com tudo isso

Só eu sei guardar uma paixão
A vida me ensinou assim, sem perguntar
Se eu saberia com tudo isso acabar
Ou se eu passaria a vida a suplicar

Eu não sei
Só sei que prefiro assim
Ele segue adiante sem pensar em mim
E eu fico aqui, carregando esse amor sem ter fim

Presente passado

E hoje é seu aniversário
Seu presente ficou no passado
Que continua tão presente
Como se nunca o tivesse rejeitado

O papel está um pouco amassado
Vez ou outra, tentando sentir seu abraço, o abraço
como se fosse a última coisa que restasse de você
mesmo que ainda nem seja seu

Também está um pouco molhado
pelas doces lágrimas que caem sem querer
Quando me perco lembrando do que podia ser
E me encontro lembrando que não foi

Talvez, se um dia você voltar,
Encontre o embrulho muito amarrotado
Quem sabe até esteja todo rasgado
E espero que, mesmo assim, você o aceite

Então, no derradeiro dia
Que o embrulho deixar de te interessar
Você possa vir buscar o coração que te dei
Que você nunca desembrulhou

domingo, 13 de novembro de 2011

Inacabado

No meu colo você chorou e até hoje tenho dúvidas do real motivo.
Tem hora que acredito no que me disse, tem hora que te igualo a todos os outros.
Enfim, ao te colocar no mesmo patamar que todos os demais seres humanos, acabo por fazer o mesmo comigo. E assim, nos momentos em que me aproximo de tudo aquilo que repudiamos, encontro forças para tentar te tirar do coração.
Talvez eu ainda viva na incerteza do que sou, talvez tenha permitido que o mundo me tapasse os olhos por tanto tempo.
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segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Dor

Deixe que carrego toda a dor sozinha
Só eu sei o que fazer com ela
E como posso suportá-la

Hei de conseguir superar tudo isso
E, no dia que essa dor passar
Também vou te esquecer

domingo, 6 de novembro de 2011

Tempo (Autor desconhecido)

"Um dia você vai estar sozinho. Vai fechar os olhos e tudo estará negro.
Os números da sua agenda passarão claramente na sua frente e você não terá nenhum para discar.
Sua boca vai tentar chamar alguém, mas não há alguém solidário o bastante para sair correndo e te dar um abraço.
Nem te colocar no colo ou acariciar seus cabelos até que o mundo pare de girar.
Nessa fração de segundos, quando seus pés se perderem do chão, você vai lembrar da minha ternura e do meu sorriso infantil.
Virão súbitas memórias gostosas dos meus abraços, beijos e da minha preocupação com você.
E só vão ter algumas músicas repetindo no seu rádio: as nossas.
Em um novo momento você vai sentir um aperto no peito, uma pausa na respiração.
E vai torcer bem forte para ter nosso mundinho delicioso de novo.
O nome disso é saudade. Aquilo que eu tinha tanto e te falava sempre.
E quando você, finalmente, discar meu número, ele estará ocupado demais ou nem será mais o mesmo ou, até, eu nem queira mais te atender.
E se você bater na minha porta ela estará muito trancada. Se aberta, mostrará uma casa vazia.
Seus olhos te ensinarão o que são lágrimas. Aquelas que eu te disse que ardiam tanto.
O nome do enjôo que você vai sentir é arrependimento, e a falta de fome que virá chama-se tristeza.
Então, quando os dias passarem e eu não te ligar, quando nada de bom te acontecer e ninguém te olhar com meus olhos encantados, você encontrará a famosa solidão.
A partir daí o que acontecerá chama-se surpresa.
E, provavelmente, o remédio para todas essas sensações é o tal do tempo em que você tanto falava..."

sábado, 27 de agosto de 2011

Fugindo da realidade

Você me deu a mão e eu te dei minha vida inteira. Naquele instante, onde só a natureza testemunhava nosso encontro, nossos corações se enxergaram. Então conheci alguém que cuidaria de mim. Que me acariciaria só de se aproximar, que faria sua morada nos meus sonhos mais apaixonados e colocaria todas as borboletas daquele cenário dentro do meu estômago.

Mesmo se não houvesse acontecido um beijo sequer, me lembraria de ti pra sempre. Não esqueceria nenhum passeio à cavalo, nenhum encontro às escondidas, nenhum sonho acordado, nenhuma vontade louca de abraçar. Lembraria todos os dias dos seus olhos e da sua voz ao meu ouvido, ainda que pelo telefone. Lembraria simplesmente pelo bem que me faz.

Me entreguei pela metade ao amor mais puro que me dei. Não tive a coragem de largar tudo e entregar, de fato, minha vida inteira. Talvez nossos corações não tenham se enxergado como são e você não tenha tido a intenção de cuidar de mim. A sua presença nos meus sonhos foram apenas uma doce ilusão e aquelas borboletas não passaram de enganação.

Um beijo aconteceu, mas me faltou coragem para seguir adiante e entregar meu corpo inteiro. Possivelmente a pureza de tudo aquilo que acreditei que sentias teria ido por terra naquele momento e sua voz no meu ouvido não voltaria a ouvir.

É possível que eu nunca saiba o que poderia ter acontecido. Se aquele seria o amor mais sublime que vivenciaria ou apenas mais uma paixão ardente. Amei e fui embora... correndo.

Rasga

Se a saudade bater, corre
Se a fome roer, pare
Se o desejo arder, deite
Se a paixão doer, rasgue

Se eu chegar, abrace
Se me afastar, largue
Se te fizer dormir, sonhe
Se acordar, procure

Se dançarmos, dançe
Se sorrirmos, sorria
Se chorarmos, chore
Se brigarmos, brigue

Se te deixar, dispare
Se sofrer, declare
Se não tiver volta, encare
Se ainda me amar, mascare

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Músicas que me fazem ficar...

A presença da música na minha está diretamente ligada aos amores que me dei.
A cada pessoa que me doou seu coração ou um pouco de sua atenção dedico uma canção.
Sendo assim, aqui faço a lista do que há de mais belo tocando em meu coração.
Afinal, os amores se vão, mas a música está aí, contando a história que um dia me fez sorrir.

Wish you were here - Pink Floyd
Bom dia - Jair Oliveira
Morango do Nordeste - Vavá
Telegrama - Exaltasamba
Declaração de amor - Daniel
Corazón Partío - Enrique Iglesias
Bamboleo - Gipsy Kings
Natasha - Capital Inicial
Não diga que eu não te dei nada - Luiza Possi
Case-se comigo - Vanessa da Matta
Saudade da minha terra - Chitãozinho e Xororó
Diga sim pra mim - Isabella Taviani
Inclemência - Zélia Duncan
Altar Particular - Maria Gadú
Como eu quero - Kid Abelha
Casa pré-fabricada - Maria Rita
Mais uma canção - Los Hermanos
Pingos de amor - Kid Abelha
Y si fuera ella - Alejandro Sanz
Quarentão simpático - Zélia Duncan
Me odeie - Reação em Cadeia
Os outros - Kid Abelha

Ainda que eu vá embora, a lista nunca haverá de acabar.

Abraços abertos

Cristo, não abra esses abraços novamente para mim
Não me atraia para os seus braços
que os seus laços não quero mais.

Esqueça que um dia me pertenceu
E eu também te pertencia
Esqueça o tanto que me queria
Que eu esqueço tudo o que desejei.

A partir de agora, mesmo que meu peito lacere
Vou te esquecer e me desfazer
de tudo que um dia me lembrou você

E os meus olhos vão chorar
E a minha boca vai secar
E mesmo assim a vida vai continuar
Até o dia que seus braços vão se cansar.