segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Dor

Deixe que carrego toda a dor sozinha
Só eu sei o que fazer com ela
E como posso suportá-la

Hei de conseguir superar tudo isso
E, no dia que essa dor passar
Também vou te esquecer

domingo, 6 de novembro de 2011

Tempo (Autor desconhecido)

"Um dia você vai estar sozinho. Vai fechar os olhos e tudo estará negro.
Os números da sua agenda passarão claramente na sua frente e você não terá nenhum para discar.
Sua boca vai tentar chamar alguém, mas não há alguém solidário o bastante para sair correndo e te dar um abraço.
Nem te colocar no colo ou acariciar seus cabelos até que o mundo pare de girar.
Nessa fração de segundos, quando seus pés se perderem do chão, você vai lembrar da minha ternura e do meu sorriso infantil.
Virão súbitas memórias gostosas dos meus abraços, beijos e da minha preocupação com você.
E só vão ter algumas músicas repetindo no seu rádio: as nossas.
Em um novo momento você vai sentir um aperto no peito, uma pausa na respiração.
E vai torcer bem forte para ter nosso mundinho delicioso de novo.
O nome disso é saudade. Aquilo que eu tinha tanto e te falava sempre.
E quando você, finalmente, discar meu número, ele estará ocupado demais ou nem será mais o mesmo ou, até, eu nem queira mais te atender.
E se você bater na minha porta ela estará muito trancada. Se aberta, mostrará uma casa vazia.
Seus olhos te ensinarão o que são lágrimas. Aquelas que eu te disse que ardiam tanto.
O nome do enjôo que você vai sentir é arrependimento, e a falta de fome que virá chama-se tristeza.
Então, quando os dias passarem e eu não te ligar, quando nada de bom te acontecer e ninguém te olhar com meus olhos encantados, você encontrará a famosa solidão.
A partir daí o que acontecerá chama-se surpresa.
E, provavelmente, o remédio para todas essas sensações é o tal do tempo em que você tanto falava..."